A Arca de Noé

 

A Arca de Noé é inspirada livremente no livro de poesias infantis de mesmo nome “A Arca de Noé”, de Vinicius de Moraes, musicado mais tarde por ele em parceria com Toquinho, foi o último projeto do poeta que morreu em casa, depois de uma reunião com o parceiro. 
 
A peça é uma homenagem ao centenário do poeta que em 2013 completa cem anos de nascimento. Ela conta a história de Rita, uma galinha d´angola desmiolada; Brutus, o leão que não é rei; Lula, o pato apoquentado que apronta a maior confusão; Gina, a hipopótamo que pensa que é uma foca; Patrick, o macaco que se fingia de porta e o velho Noé. 
 
O espetáculo “A Arca de Noé” não é objeto de proteção de direitos autorais por se tratar de uma inspiração, sem plágio, dos poemas que Vinicius de Morais criou para seu livro infantil homônimo. Até as canções são novas criações do maestro Antonio Melo, compositor de outros espetáculos como “O Sequestro dos Raios de Sol” de Pawlo Cidade. Como as ideias são de uso comum e, por isso, não podem ser aprisionadas pelo titular dos direitos autorais, valemo-nos do artigo 8º. , incisos I e VI, da LDA.
 
O espetáculo foi criado aliando o teatro infanto-juvenil às novas tecnologias de efeitos visuais como a 3d e 4d, que criam mais emoção e mais impacto na plateia através de ventos, fumaças, bolhas de sabão, chuvas de papel picado,  raios,  água e cheiros, sobretudo da mata que ambienta o cenário para fazer o  público ficar totalmente imerso na apresentação trazendo experiências visuais e sensoriais. 
 
O primeiro contato da plateia com a nova tecnologia se dá logo na primeira cena com a Arca navegando sobre o mar, sob fortes chuvas, raios, trovões e ventos, pois todos estarão usando óculos 3d polarizados - que farão as imagens saltarem. Serão três minutos de fortes emoções sensoriais, até a Arca atracar e os personagens saírem da Arca, por trás do cenário. Depois que cessa o dilúvio, as pernas cênicas se transformam em uma imensa floresta com árvores de raízes salientes e muita folhagem. Fantoches e marionetes irão interpretar o elefante, o girassol, a corujinha e a formiga que também farão parte da trama.
 
O uso da tecnologia na criação artística é uma das tendências do teatro contemporâneo. A ideia é dar novos significados e construir resultados estéticos satisfatórios, sobretudo para o público infantil e juvenil. Em “A Arca de Noé”, os aparatos tecnológicos se relacionam com a modulação da dramaturgia, com a manipulação do tempo e do espaço e com o jogo dos atores em cena. Queremos avançar nesta nova teatralidade, afinal o teatro tem se confrontado com novas possibilidades de comunicação. E, com o crescimento da indústria cultural, surge a necessidade econômica de atingir cada vez mais público. Afinal, o cinema e o vídeo tornaram-se meios “artísticos” mais viáveis economicamente pela facilidade da reprodutibilidade das suas obras, fazendo com que o teatro perdesse espaço e importância em uma sociedade mais preocupada com o valor econômico do que com o cultural. E, além disso, precisamos criar alternativas de sustentabilidade para o grupo. A aquisição dos equipamentos propostos no orçamento irão permitir a circulação do espetáculo após a estreia e a temporada previstas nesta proposta.
 
Queremos também tornar o Teatro cada vez mais acessível e familiar para o público infanto-juvenil, permitindo-lhe não somente experiências estéticas, mas, sobretudo, experiências visuais e sensoriais, daí a necessidade de financiamento deste projeto.
 

Como será produzida a Arca de Noé

 

A Arca de Noé é um musical infanto-juvenil de livre inspiração em poesias infantis do poeta e compositor Vinicius de Moraes. A peça é uma homenagem ao centenário do poeta que em 2013 completa cem anos de nascimento.
 
Serão usados recursos com efeitos em 3D e 4D para criar mais emoção e mais impacto na plateia através de ventos, fumaças, bolhas de sabão, chuvas de papel picado,  raios,  água e cheiros, sobretudo da floresta que irá ambientar o cenário para fazer o  público ficar totalmente imerso na apresentação trazendo experiências visuais e sensoriais. 
 
A cena inicial será projetada num telão em 3D (três dimensões) com duração de três minutos. Toda a plateia irá usar óculos 3D polarizados para que a realidade seja ampliada durante a navegação da Arca até sua atracação.
 
Passado o período do dilúvio, sairão da arca os personagens Noé, Rita - a galinha d´ángola; Brutus, o leão; Lula, o pato; Gina, a hipopótamo e Patrick, o macaco interpretados pelos atores Rafael Silva, Romário Góes, Florival Almeida, José Delmo Viana, Laiane Vitória e Andréa Bandeira. Todos os atores serão preparados para dança e canto. Inclusive os que apenas irão manipular os fantoches que interpretam o Elefante, o Girassol, a Corujinha e a Formiga. A imagem projetada pelo telão em 3D dará lugar a um cenário físico. As pernas cênicas se transformarão em uma imensa floresta com árvores de raízes salientes e muita folhagem que irão cainho do urdimento do Teatro. 
 
Com o uso da tecnologia 3D e 4D na montagem de "A Arca de Noé" iremos dar mais veracidade a história, criar novos significados e construir resultados estéticos satisfatórios para um público exigente como o infantil. Vamos construir uma montagem em que os aparatos tecnológicos se relacionam com a modulação da dramaturgia, com a manipulação do tempo e do espaço e com o jogo dos atores em cena. 
 
Iremos fazer uma temporada inicial de dez apresentações gratuitas para estudantes da rede pública de ensino até o número total da capacidade do Teatro. Após a temporada estaremos com um espetáculo que irá permitir novas possibilidades de comunicação e com recursos tecnológicos que nos permitirá competir com o cinema e o vídeo. Afinal, além do recurso tecnológico estaremos também levando o valor cultural. 
 
O espetáculo será escrito e dirigido por Pawlo Cidade, experiente diretor de teatro com trinta espetáculos montados ao longo de 24 anos de carreira e diversos prêmios de melhor produção, montagem e circulação de Teatro na Bahia.
 
A iluminação é do caprichoso Du Moura, um mestre das luzes que já acompanhou diversas companhias e iluminou espetáculos de renome nacional, inclusive shows como o de Adriana Calcanhoto, Ivete Sangalo e Banda Eva. Du Moura também será o responsável pelos efeitos sonoros, visuais e sensoriais do espetáculo como os ventos e a chuva usando a tecnologia 4D. 
 
A trilha sonora terá os arranjos do maestro Antonio Melo; e o elenco será composto pelos atores e atrizes do Grupo Teatro Total, grupo da Associação Comunidade Tia Marita.
 
O cenário será construído por Joferson Ferreira, cenógrafo que usa como matéria prima o papel, a cola de maisena e outros elementos reciclados. Foi cenógrafo do espetáculo "Capitães do Morro", premiado na Demanda Espontânea de 2011 e da peça "O Contador de Histórias Grapiúnas", entre outras.
 
O figurino ficará a cargo do criativo Justino Vianna. Este experiente figurinista e maquiador, nascido em São Paulo e residente em Ilhéus já vestiu inúmeras produções infanto juvenis e adultas. “A Revolta dos Brinquedos”, “Peter Pan”, “Lampião”, “O Mágico de Oz”, são algumas de suas assinaturas de vestuário.
 
A coreografia da peça ficará a cargo da coreógrafa e mestranda em dança, Verusya Correia, responsável pela concepção de vários espetáculos de dança contemporâneos no Brasil, entre eles o premiado “Os filhos dos contos” contemplado no
edital Yanka Rudzka- 2009
 
Ao todo, o espetáculo contará com a participação de mais de 30 profissionais ligados ao fazer teatral.

O Teatro Total

 

O Teatro Total tem como objetivo usar todos os recursos artísticos disponíveis para produzir um espetáculo que apele a todos os sentidos e que crie assim a impressão de totalidade e de uma riqueza de significações que subjugue o público. Todos os recursos técnicos (dos gêneros existentes e vindouros), em particular os recursos modernos da maquinaria, dos palcos móveis e da tecnologia audiovisual, estarão à disposição de nosso teatro.

 

 

“O que queremos é romper com o teatro considerado como gênero distinto, e trazer novamente à luz aquela velha ideia, no fundo jamais realizada, do espetáculo integral. Sem que, é claro, o teatro se confunda em momento algum com a música, a pantomima ou a dança, nem sobretudo, com a literatura.”

Antonin Artaud.


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